Sobre: Little Women (Mulherzinhas), Louisa May Alcott | Sinopse, curiosidades e resenha

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O livro “Mulherzinhas”, do ano de 1868, é um desses clássicos que não envelhecem com o tempo. Apesar de ter sido escrito há mais de 100 anos atrás, sua leitura é envolvente e não deixa a desejar. Ao retratar o cotidiano da família March, por um ponto de vista feminino, o que é raro para a época, podemos, facilmente, observar a evolução dos personagens e os obstáculos encontrados na vida de uma mulher do século XIX. 

Atualmente, a obra conta com diversas adaptações cinematográficas, como o filme lançado em 2019, dirigido por Greta Gerwig e com a presença de Meryl Streep, Emma Watson, Timothée Chalamet, Saoirse Ronan, Laura Dern, Florence Pugh e Eliza Scanlen.




Antes de mais nada, vai aqui uma sinopse para vocês:


Uma história sobre família, amadurecimento e força feminina, “Mulherzinhas” tem sido querido pelos leitores por diversas gerações. 

Este apresenta as mais variadas aventuras das quatro irmãs March - Meg, a mais velha, que tem uma beleza e generosidade incomparáveis; Jo, que quer ser uma escritora e conhecer o mundo acima de tudo; Beth, a pianista que sempre busca ajudar os outros; e Amy, a mais nova que sonha em se tornar uma artista famosa. Com o pai longe, servindo ao exército na primeira parte do livro, a família se encontra diante de dificuldades e tragédias, mas conta também com vários momentos alegres e de amor. 




A autora:


Louisa May Alcott

Louisa May Alcott, nascida em Pensilvânia, era, desde pequena, uma abolicionista e feminista, defendendo constantemente o direito ao voto. Se tornou enfermeira do exército durante a Guerra Civil e, antes de “Mulherzinhas”, escreveu diversas histórias de suspense e romance. Em busca de ajudar a família financeiramente, ela também vendia contos para várias revistas, apesar da recompensa não ser muito alta.

Durante a Guerra, contraiu a febre tifóide, mas, felizmente, se recuperou e, em seguida, escreveu essa narrativa, na qual sua irmã mais velha, Anna, se tornou Meg; ela se tornou Jo; Lizzie, Beth; e May, Amy.








Um pouco mais sobre o livro:


    A obra, semi autobiográfica, baseada nas experiências da própria autora,  inicia-se  com a descrição de cada uma das filhas da senhora March, a qual era chamada de Marmee, e retrata a unidade entre elas e a generosidade, característica que todas tinham em comum. Mesmo enfrentando dificuldades financeiras, elas eram extremamente gratas por terem umas às outras e por terem um lar repleto de amor.

   Vale destacar que o livro é dividido em duas partes, a primeira se passa no decorrer de um ano, apresentando a infância dos personagens, as brincadeiras, as esperanças e a ausência do pai, que está lutando na guerra. Em contrapartida, na segunda, o tempo se passa mais rápido, o que possibilita perceber o amadurecimento das protagonistas e a transição da juventude para a vida adulta, a qual requer mais responsabilidades e paciência por parte delas.

  Ademais, apesar dos capítulos serem interligados e dependentes entre si, eles são como mini histórias, relatando diferentes aventuras, sempre com um fechamento, o qual ocorre muitas vezes em forma de moral. Dessa forma, não há monotonia em nenhuma parte do enredo.

   Ao transcorrer da narrativa, novos personagens são introduzidos, como Laurie e seu avô, Laurence, os quais eram vizinhos da família March. O neto, apelidado de Teddy, por Jo, é um ser cheio de energia, assim como ela, e se torna como um quinto filho de Marmee, estando presente na maioria das aventuras das irmãs. Já o senhor, encontra em Beth a filha que ele havia perdido, e logo se afeiçoa pelas outras também. Ambos, constantes e essenciais para a obra, são devidamente explorados e, de maneira alguma, tiram os holofotes do protagonismo feminino.




Curiosidades:


Familia Alcott

- Lizzie, irmã que inspirou Beth, morreu de escarlatina aos 22 anos.


- O pai de Louisa, Bronson Alcott, transformou a casa em uma via de escape clandestina para escravos e caiu em desgraça por publicar um livro com ideias inovadoras demais sobre educação.


- A autora escreveu em seu diário que  acreditava que seu livro não seria interessante e, apesar de não ser o tipo de narrativa que ela escrevia, conseguiu terminar os 12 primeiros capítulos em 2 meses.


- Por ter feito grande sucesso, ela redigiu a continuação, chamada Good Wives.


- Bronson, na verdade, era emocionalmente ausente, uma vez que tinha depressão e, por isso, se tornou fisicamente ausente na obra.


- Houve um Laurie na vida real, um jovem, 10 anos mais novo, polonês, com quem Alcott flertou na Europa.


- (SPOILER!!!!!) Apesar dos fãs da época não gostarem, inicialmente Jo iria realmente terminar sozinha. Entretanto, por causa da pressão, a autora resolveu escolher um par estranho para a protagonista na segunda parte, “imagino que a ira se derramará sobre minha cabeça, mas a perspectiva me diverte”, disse ela.


- Para satisfazer os leitores, Alcott escreveu mais dois livros sobre a família, chamados de “Little Men” e “Jo’s Boys”.




Minha opinião:


   Sinceramente, quando comecei a ler, minhas expectativas não estavam muito altas, uma vez que eu nunca havia lido um livro de época antes. Entretanto, fico feliz em dizer que, ao contrário do que eu temia, a história foi qualquer coisa, menos entediante. 

    A cada capítulo, uma surpresa diferente, e a cada página, um acontecimento imprevisível. Uma das coisas que eu mais apreciei foi a autora ter retratado a realidade, sem poupar os leitores dos dias “chuvosos” da vida, os quais não podemos evitar. Mesmo assim, ela consegue os balancear perfeitamente com os momentos felizes e amorosos, fazendo valer a frase “depois da chuva vem o arco íris”, além de mostrar, diversas vezes, que “Deus escreve certo por linhas tortas”.

    Ademais, não poderia deixar de falar de Jo, alter ego de Louisa May, a qual vai contra todas as imposições e estereótipos da época, sendo uma mulher independente, escritora, que não se importa muito com a aparência, batalhadora e com personalidade forte. Assim como a personagem, a narrativa é repleta de força feminina e quebra de padrões.

   Enfim, essa obra se tornou uma das minhas favoritas, mesmo sendo longa, ela te prende a cada instante e, logo, logo, você se vê chorando e sorrindo junto com os personagens. Além do mais, pelos capítulos serem muito bem divididos, a leitura não se torna algo puxado e cansativo. Honestamente, não sei como fiquei tanto tempo sem conhecê-la.

  Tendo tudo isso em vista, super recomendo o livro para todos que tiverem um tempinho para lê-lo. Particularmente, eu li a versão em inglês, a qual foi um pouco complicada, por causa do vocabulário antigo, mas achei uma ótima prática, uma vez que, dessa maneira, consegui aprender palavras que eu nem sonhava que existiam. É importante ressaltar também que, por ter sido publicado originalmente em dois volumes, muitos livros contém apenas a primeira parte, então é necessário se atentar a isso na hora da compra, para não ficar com um exemplar incompleto.




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