Sobre: Wonder (O Extraordinário), de R.J. Palacio | Sinopse, curiosidades e resenha


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“O extraordinário”, de R.J. Palacio, é um livro cativante, que apresenta diversas lições morais atemporais e se resume na frase: “Seja gentil, pois cada pessoa que você encontra está travando uma grande batalha”, de Ian Maclaren, citada na narrativa.

Ademais, a obra, #1 na lista de best-sellers do The New York Times, foi adaptada ao cinema em 2017, contando com Stephen Chbosky como diretor e com Jacob Tremblay, Owen Wilson, Julia Roberts, Izabela Vidovic e Noah Jupe como parte do elenco.




Sinopse:


   Depois de August Pullman ter passado por 27 cirurgias, que resolveram parte de suas deficiências, Nate e Isabel, seus pais, decidem que, no quinto ano, ele  deve começar a frequentar uma escola, ao invés de ser educado em casa.

  Nesse contexto, por ter nascido com uma severa deformidade facial, causada por uma síndrome genética, Auggie sempre sofreu com comentários maldosos e olhares assustados de outras pessoas. Entretanto, apesar de sua aparência bastante incomum, o protagonista, grande fã de Star Wars, é, por dentro, uma criança como todas as outras. 

    Com isso, no ambiente novo a ele, o garoto se vê diante de diversos desafios, como fazer novos amigos e lidar com o bullying constante.




A autora:



R.J. Palacio, americana com ancestralidade colombiana, foi, por mais de vinte anos, diretora de arte e designer gráfica, até estrear na literatura com a obra “O Extraordinário” em 2012. Atualmente, mora no Brooklyn, em Nova York, com o marido, os dois filhos e dois cachorros. 

Outro aspecto relevante é que seu pseudônimo veio da combinação de seu nome (Raquel Jaramillo) com o sobrenome de solteira da mãe (Palacio).






Um pouco mais sobre o livro: 


    Narrado pelos pontos de vista de August, Via (sua irmã), Miranda (melhor amiga de Via), Summer e Jack (amigos de Auggie), e Justin (namorado da irmã), o enredo gira em torno da necessidade do respeito às diferenças e da importância da amizade e da união familiar.

   Além disso, o livro ressalta como comentários e piadas ofensivas podem devastar a vida de alguém, enquanto “palavras gentis não custam muito, e ainda assim conquistam muito”. 

    Nesse tocante, a narrativa destaca como os pais são importantes para a formação do caráter dos filhos, uma vez que as crianças podem ser extremamente cruéis em decorrência da má influência da família ou extremamente solidárias e generosas, graças a boa influência. Acerca dessa lógica, ao enfrentar todas as dificuldades de cabeça erguida, é inegável que seus parentes foram fundamentais para que Auggie conseguisse construir uma forte resiliência e crescer emocionalmente.

    Sob essa ótica, a partir da leitura, pode-se observar a luta do protagonista para fazer com que os outros o enxerguem além da sua aparência, conseguindo conquistar  todos que se aproximam com sua bondade e senso de humor. 

      Ademais, outro ponto interessante da obra é que cada mudança de narrador se inicia com uma página que contém um desenho parecido com o da capa, mas com as características do personagem em questão, e uma citação de algum livro ou música que irá resumir o capítulo.




O filme:

    Baseado na obra literária, o filme, lançado em 2017, apresenta um elenco excepcional e, apesar das diferenças, que todas as adaptações contém, ele é tão envolvente e emocionante quanto o livro.

     Nessa perspectiva, claro que algumas cenas foram encurtadas, cortadas ou modificadas, mas, mesmo assim, o longa metragem consegue passar a mensagem da autora e provocar a reflexão no público.






Curiosidades:


  • A narrativa foi inspirada em uma situação real, na qual R.J. Palacio, junto com seus dois filhos, viu uma menina com a síndrome de Treacher-Collins em uma sorveteria. Ao avistá-la, o mais novo, de três anos, começou a chorar, o que levou a mãe a sair de lá com eles, em busca de proteger a garota e evitar seu próprio desconforto. Após isso, a autora teve a ideia para o livro, centrando a história no desafio de como lidar com o desconforto causado pelas diferenças e em como escolher a gentileza. “Fiquei pensando em como era ter que encarar um mundo que não sabe como encará-lo de volta”, disse ela.


  • Coincidentemente, na noite do incidente da sorveteria, a música “Wonder, da Natalie Merchant, começou a tocar no rádio da casa de Palacio.


  • Os provérbios e preceitos presentes na obra são parte de uma coleção que a autora tem desde os treze anos de idade.


  •  A atriz Julia Roberts, que representa a mãe de Auggie no filme, pediu para participar da obra cinematográfica, uma vez que era apaixonada pelo livro.


  • O personagem Sr. Bowne foi criado em homenagem a um professor de inglês de Palacio, o qual tinha esse mesmo nome. 


  • O apelido “Major Tom”, dado ao Auggie pela Miranda, é uma referência da música “Space Oddity”, de David Bowie, a qual se trata de um astronauta com esse nome.


  • A família da autora aparece no filme como figurantes.


  • Antes de começar as filmagens, Jacob Tremblay, junto com sua família, visitou crianças com a síndrome de Treacher-Collins em um hospital infantil. Além disso, o ator pediu a elas que lhe enviassem cartas relatando suas experiências, as quais ele lia antes de interpretar as cenas mais dramáticas.




Minha opinião:


   “O Extraordinário”, na minha opinião, é um livro cuja a leitura é essencial para todos, independente da faixa etária, uma vez que ressalta os malefícios do bullying e provoca a reflexão de como muitas vezes julgamos alguém por sua aparência. Além disso, a obra, por ser muito envolvente, é rápida e leve de ler, no meu caso, a terminei em menos de um dia.

    Diante disso, é de extrema relevância incrementarmos a citação: “Vamos criar uma nova regra de vida… sempre ser um pouco mais gentil que o necessário?” em nossas vidas, em busca de contribuir com a campanha antibullying e ajudar a tornar o mundo um lugar melhor.

    Nesse contexto, é importante destacar que os preceitos - como o citado acima - ditos, na maioria das vezes, pelo professor de inglês, dá um toque especial ao enredo, já que sempre se relacionam com o que está acontecendo na narrativa, além de serem ensinamentos atemporais. 

     Ademais, achei bastante interessante que, a cada mudança de perspectiva, a autora muda a maneira de escrever, fazendo parecer que é o próprio personagem que está redigindo o capítulo, como se fosse um diário. Com isso, a história, em geral, é contada através de uma linguagem simples, o que reflete a idade dos narradores. Dessa forma, podemos conhecê-los melhor e compreender o porquê de suas ações, ao perceber o que estão passando e/ou sentindo.

     Por fim, para ser completamente honesta, devo informar que é impossivel não chorar durante a leitura ou assistindo ao filme, então já deixa preparada a sua caixa de lencinhos!! 




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Comentários

  1. Resenha extraordinária! Parabéns!!!

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  2. Luiza,difícil neste mundo de hj nos deparar com jovens que possam nos encantar por sua gentileza e sensibilidade diante do outro.Fiquei muito feliz com sua percepção do livro.Ele nos chama a olhar para o outro e sobretudo ter empatia. Palavra fundamental em tempos tão difíceis como esses que passamos.Parabéns.

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  3. O livro é mesmo sensacional! E você brilhou na resenha!

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